Um dos problemas mais constantes em empresas brasileiras que são geridas por familiares é, sem dúvidas, a questão da herança e sucessão dos negócios. Para se ter uma noção, o Brasil tem muitas empresas familiares, sendo cerca de 90%, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Isso significa, na prática, que as dúvidas sobre sucessão são bastantes comuns, e não obstante podem trazer ruídos e problemas de entendimento do que é possível e do que não é possível fazer dentro da lei.
As organizações familiares nem sempre estão preparadas para este momento tão delicado, principalmente quando o fundador também é o gestor, o que acaba limitando o desenvolvimento e o entendimento profissional de seus herdeiros para tomar conta do negócio quando for necessário substituir o fundador. E esse é um problema a ser levado a sério, visto que a maioria das empresas familiares não sobrevive à terceira geração após a sucessão.
Planejamento de sucessão é essencial
A dica mais importante para evitar que o seu negócio vá à falência é estabelecer um plano de sucessão completo, sem muitas pontas soltas e que seja revisado constantemente, de acordo com os momentos da empresa. No planejamento, é muito importante que constem orientações aos futuros gestores para que estes consigam retorno financeiro, longevidade e prosperidade ao negócio.
As metas, os objetivos e a história da empresa devem ser pilares para que o negócio nunca perca a sua identidade e sempre consiga cativar seus clientes. O plano de treinamento deverá ser feito para que os herdeiros legais guiem a empresa, com boas práticas e visão geral do negócio.
Além disso, é bem importante definir quem são os herdeiros legais do negócio para que os sucessores sejam alocados de acordo com seus direitos e deveres perante ao negócio; o fundador da empresa deve ter uma conversa aberta com os herdeiros para que tudo esteja alinhado, de preferência.
Outra dica fundamental é sempre priorizar critérios técnicos e metodologias científicas muito bem embasadas para evitar conflitos familiares, de maneira que um futuro gestor seja escolhido de acordo com seus conhecimentos e sua experiência.
Flávia Viana – portal contadores.cnt.br