Diversos processos tributários foram retirados da pauta do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) neste mês de janeiro. O motivo é a adesão de conselheiros representantes da Fazenda à greve nacional dos auditores da Receita Federal.
Esses conselheiros cancelaram sessões virtuais, mas continuaram votando normalmente nos casos relatados por representantes dos contribuintes. As informações são do Valor Econômico.
De acordo com estimativa do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco Nacional), esse movimento afetou casos que representam R$ 51 bilhões. Os auditores fiscais buscam resolver a questão o quanto antes, para evitar problemas nas sessões presenciais marcadas para fevereiro.
A paralisação dos auditores começou no final de novembro do último ano. O Sindifisco Nacional culpa o Ministério da Gestão e da Inovação pelo prolongamento da situação, devido à falta de compromisso com negociações de reajuste salarial. A categoria está sem reposição da inflação desde 2016.
A Receita prevê uma arrecadação de R$ 28,6 bilhões com receitas vindas do Carf em 2025, mas a adesão dos conselheiros à paralisação pode impactar este cenário.
Conjur