Na última quarta-feira (14), o Impostômetro, localizado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), revelou que os contribuintes brasileiros já desembolsaram R$ 500 bilhões em impostos ao longo do ano de 2024.
Essa marca foi alcançada nove dias antes do que no ano anterior, sinalizando uma tendência de crescimento na arrecadação tributária do país.
O Impostômetro, conhecido por monitorar em tempo real os valores de impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária, revelou que do montante total já pago, R$ 331,6 bilhões foram destinados à esfera federal, R$ 137,3 bilhões para a esfera estadual e R$ 31,1 bilhões referentes à esfera municipal.
Comparando o mesmo período deste ano com os dias correspondentes de 2023, constata-se um aumento significativo de 16,4% na arrecadação total.
No ano anterior, a marca atingida foi de R$ 429,6 bilhões, distribuídos em R$ 285 bilhões para o governo federal, R$ 117,9 bilhões para os governos estaduais e R$ 26,7 bilhões para os governos municipais.
“Esse acréscimo é resultado tanto da elevação da inflação nos preços dos bens, em um ambiente onde o sistema tributário penaliza consideravelmente o consumo, quanto do aumento mais substancial da atividade econômica”, afirma o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa.
O especialista ainda projeta que, ao longo do ano, a inflação deve se manter mais contida, o que, aliado às estimativas para 2024, indica um crescimento mais moderado na arrecadação, em torno de 3%.
Esses números refletem não apenas a complexidade da economia brasileira, mas também levantam questões sobre a carga tributária do país e como ela impacta os cidadãos e as empresas.